Incêndio na Chapada Diamantina atinge ao menos 2 mil hectares

O incêndio que atinge a Chapada Diamantina já tem uma extensão de pelo menos dois mil hectares, segundo estimativa do secretário do Meio Ambiente do Estado da Bahia, Eugênio Spengler. Segundo ele, dois novos focos de incêndio surgiram na manhã desta segunda-feira (16), mas de menor proporção.

"A gente soube de um novo foco em Ibicoara e mandamos um avião para lá, para saber o tamanho. E tem um foco em Seabra também, mas é um foco pequeno", esclarece Spengler.

Os principais municípios atingidos nos últimos dias foram Lençóis e Palmeiras. Ainda de acordo com o secretário, quatro focos de incêndio ainda continuam sem controle: Morro Branco, Barro Branco, Conceição dos Gatos e Mucugezinho. O fogo já está extinto em Morrão e controlado nas regiões de Cercado, Campo de São João, Pai Inácio e nas proximidades da BR-242.

Ao todo, 140 pessoas trabalham para controlar o fogo na Chapada. Dessas, 105 estão no combate em solo, sendo 53 bombeiros militares e 52 brigadistas da Chapada. Há sete caminhões-pipa disponíveis, além de dois helicópteros e seis aviões (quatro do governo do Estado e dois do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio).

No domingo (15), o governador Rui Costa anunciou que o Ministério da Defesa iria enviar duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar na região a partir desta semana. O combate às chamas seria intensificado também com o apoio do Exército, além do envio de equipamentos.

Investigação e prevenção

Segundo o secretário Eugênio Spengler, as investigações nas regiões afetadas pelo incêndio continuam. "Em várias regiões, as investigações se encaminham para o foco do incêndio como criminoso." Após identificados os responsáveis pelas queimadas, uma denúncia será realizada junto à polícia e ao Ministério Público, para que essas instituições tomem as medidas cabíveis.

Em relação à prevenção, Spengler afirma que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) atua de várias maneiras para aumentar o controle das queimadas, como educação ambiental e orientação aos agricultores.

Fonte: CORREIO